e docente do Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo,
da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Ao site
educarparacrescer.abril.com.br
SITE: O uso das novas tecnologias facilita o interesse do aluno pelos conteúdos?
Beth Almeida: Sim, pois estamos falando de diferentes tecnologias digitais, portanto
de novas linguagens, que fazem parte do cotidiano dos alunos e das escolas. Esses
estudantes já chegam com o pensamento estruturado pela forma de representação
propiciada pelas novas tecnologias. Portanto, utilizá-las é se aproximar das gerações
que hoje estão nos bancos das escolas.
Beth Almeida: Sim, pois estamos falando de diferentes tecnologias digitais, portanto
de novas linguagens, que fazem parte do cotidiano dos alunos e das escolas. Esses
estudantes já chegam com o pensamento estruturado pela forma de representação
propiciada pelas novas tecnologias. Portanto, utilizá-las é se aproximar das gerações
que hoje estão nos bancos das escolas.
SITE: Os celulares já são amplamente acessíveis e oferecem muitas possibilidades
didáticas, mas a maioria das escolas prefere proibi-los. Não é uma atitude
retrógrada?
Beth Almeida: Vetar o uso não adianta nada porque o aluno vai levar e utilizar
ali, embaixo da carteira. É preciso criar estratégias para que os celulares sejam
incorporados, pois oferecem vários recursos e não custam nada à escola. A proibição
só incentiva o uso escondido e a desatenção na dinâmica da aula. Geralmente os
estudantes, inclusive de escolas públicas, têm celular e o levam a todos os lugares. Ele
é o instrumento mais usado pela população brasileira. Basta olhar as estatísticas. O
que o webcurrículo prevê é o uso integrado da tecnologia. Os alunos, com seu celular,
podem fazer o registro daquilo que encontram numa pesquisa de campo. Podem
trabalhar textos e fotos e preparar pequenos documentários em vídeo. Isso precisa
estar integrado ao conteúdo.
didáticas, mas a maioria das escolas prefere proibi-los. Não é uma atitude
retrógrada?
Beth Almeida: Vetar o uso não adianta nada porque o aluno vai levar e utilizar
ali, embaixo da carteira. É preciso criar estratégias para que os celulares sejam
incorporados, pois oferecem vários recursos e não custam nada à escola. A proibição
só incentiva o uso escondido e a desatenção na dinâmica da aula. Geralmente os
estudantes, inclusive de escolas públicas, têm celular e o levam a todos os lugares. Ele
é o instrumento mais usado pela população brasileira. Basta olhar as estatísticas. O
que o webcurrículo prevê é o uso integrado da tecnologia. Os alunos, com seu celular,
podem fazer o registro daquilo que encontram numa pesquisa de campo. Podem
trabalhar textos e fotos e preparar pequenos documentários em vídeo. Isso precisa
estar integrado ao conteúdo.
SITE: Temos bons exemplos de currículos que já incorporaram a tecnologia?
Beth Almeida: Já temos várias iniciativas importantes no país, mas é preciso ter em
mente que os resultados, em Educação, não vêm em um curto prazo. Os currículos
estão se alterando hoje e a diferença será sentida daqui a algum tempo. Mas a hora da
mudança é agora.
Beth Almeida: Já temos várias iniciativas importantes no país, mas é preciso ter em
mente que os resultados, em Educação, não vêm em um curto prazo. Os currículos
estão se alterando hoje e a diferença será sentida daqui a algum tempo. Mas a hora da
mudança é agora.
SITE: O que é preciso para que as novas tecnologias sejam integradas ao
currículo?
Beth Almeida: O currículo da sala de aula não é apenas o prescrito. Ele se desenvolve
do que emerge das experiências de alunos e professores, do diálogo entre eles.
Nesse sentido, o uso das TICs pode auxiliar muito porque, quando é desenvolvido
um currículo mediatizado, é feito o registro dos processos e com essa base é possível
identificar qual foi o avanço do aluno, quais as suas dificuldades e como intervir para
ajudá-lo. Isso é pouco aproveitado ainda.
currículo?
Beth Almeida: O currículo da sala de aula não é apenas o prescrito. Ele se desenvolve
do que emerge das experiências de alunos e professores, do diálogo entre eles.
Nesse sentido, o uso das TICs pode auxiliar muito porque, quando é desenvolvido
um currículo mediatizado, é feito o registro dos processos e com essa base é possível
identificar qual foi o avanço do aluno, quais as suas dificuldades e como intervir para
ajudá-lo. Isso é pouco aproveitado ainda.
SITE: É possível para a escola acompanhar o ritmo de avanço das tecnologias?
Beth Almeida: Não é necessário que isso ocorra. O importante é que o professor
tenha oportunidade de reconhecer as potencialidades pedagógicas das TICs e aí
assim incorporá-las à sua prática. Nem todas as tecnologias que surgirem terão
potencial. Outras inicialmente podem não ter, mas depois o quadro muda. Primeiro,
é preciso utilizar para si próprio para depois pensar sobre a prática pedagógica e as contribuições que as TICs podem trazer aos processos de aprendizagem. Daí a importância dos programas de formação.
Beth Almeida: Não é necessário que isso ocorra. O importante é que o professor
tenha oportunidade de reconhecer as potencialidades pedagógicas das TICs e aí
assim incorporá-las à sua prática. Nem todas as tecnologias que surgirem terão
potencial. Outras inicialmente podem não ter, mas depois o quadro muda. Primeiro,
é preciso utilizar para si próprio para depois pensar sobre a prática pedagógica e as contribuições que as TICs podem trazer aos processos de aprendizagem. Daí a importância dos programas de formação.
SITE: O ensino a distância é uma tendência ou apenas uma alternativa?
Beth Almeida: A Educação a distância não significa outra Educação. Educação
a distância é Educação mediatizada por tecnologia. Quanto será presencial ou a
distância, são as situações que vão dizer. Essa oposição entre uma e outra vai se
perder. É possível ter Educação de qualidade a distância e sem qualidade na forma
presencial, ou vice-versa. Não é a modalidade que garante a qualidade.
Beth Almeida: A Educação a distância não significa outra Educação. Educação
a distância é Educação mediatizada por tecnologia. Quanto será presencial ou a
distância, são as situações que vão dizer. Essa oposição entre uma e outra vai se
perder. É possível ter Educação de qualidade a distância e sem qualidade na forma
presencial, ou vice-versa. Não é a modalidade que garante a qualidade.
Beth Almeida faz uma ressalva: a tecnologia não é um enfeite e o professor
precisa compreender em quais situações ela efetivamente ajuda no aprendizado dos
alunos. "Sempre pergunto aos que usam a tecnologia em alguma atividade: qual foi
a contribuição? O que não poderia ser feito sem a tecnologia? Se ele não consegue
identificar claramente, significa que não houve um ganho efetivo", explica.
precisa compreender em quais situações ela efetivamente ajuda no aprendizado dos
alunos. "Sempre pergunto aos que usam a tecnologia em alguma atividade: qual foi
a contribuição? O que não poderia ser feito sem a tecnologia? Se ele não consegue
identificar claramente, significa que não houve um ganho efetivo", explica.
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